sexta-feira, 20 de maio de 2011

Relação do texto “Sonho da pureza”, com a “Violência urbana e o aumento da criminalização na cidade de Salvador.”


Quando falamos em violência urbana pensamos logo em uma definição para tal, e logo se conclui que esta não compreende somente os crimes, mas todo efeito que são provocados sobre as pessoas e as regras de convívio na cidade. Após fazer a definição da chamada violência urbana, é necessário partir para a análise da criminalização da pobreza na cidade de Salvador, pois esta é na verdade conseqüência da tão falada violência urbana. A violência é algo que assola a nossa sociedade, e ela esta presente nas megalópoles, as quais passam por problemas trazidos pelo capitalismo pós-moderno. Houve uma fase de transição, a qual culminou na era pós moderna, e foi devido a essa transição/mudanças que acabou por fazer com que os índices de criminalizações aumentassem, ou seja, o equilíbrio e a igualdade tornaram-se praticamente inexistentes nessa fase e isso podia ser visto, pois os que não detinham o poder eram subordinados aos que detinham, era esse o chamado capitalismo. Dessa forma pergunto: onde fica a questão da segurança pública? E os direitos dos indivíduos existem? A preocupação do Estado com as questões que envolvem a nossa sociedade é mínima, as suas responsabilidades e conseqüente interação com a sociedade estão cada vez mais sendo esquecidas por eles próprios, e devido a esse fator a sociedade fica exposta aos males existentes. A segurança púbica, constitucionalmente falando, é destinada para proteger a ordem social e os bens jurídicos mais importantes para o individuo, quais sejam, a vida, saúde, incolumidade física, patrimônio, entre outros, isso é dever do Estado e direito de todos. Após focar na definição da violência e suas conseqüências e relacioná-las com a questão do Estado parto para a análise de Bauman, em “O sonho da pureza”. Após fazer uma leitura, concluo que são nítidos os elos entre ambos os temas. Vivemos em um mundo pós-moderno, rodeado de estilos, tendências e padrões de vidas livremente concorrentes, onde o homem se vê diante de um leque de possibilidades. Possibilidades essas impulsionadas pelas leis do consumo, possibilidades ditadas para o mercado consumidor. Claro, em um mundo pós-moderno, tudo é mercadoria, e o que não é, está sendo transformado em mercadoria, mas há uma restrição para tal nem todos terão as mesmas oportunidades. O ideal de pureza se volta exatamente para a aptidão de participar desse mercado consumidor, ou seja, os que não participam são considerados como “sujeira” e óbvio considerados como “impuros”.  É a partir desse fato que conseguimos enxergar os motivos para tamanho aumento altos da criminalização da pobreza, existe sim uma exclusão irreversível. Bauman utiliza esse texto fazer a critica devida, a critica de como funciona a realidade, mostrando de uma forma clara os prejuízos existentes devido a uma desigualdade exacerbada entre os indivíduos, e pões em evidência que não há como se atingir a “pureza” em si, como o próprio título menciona tudo fica restrito a um” sonho” que não há como ser atingido.
Por fim evidencio o que foi dito por Nils Christie sobre o assunto abordado:
“Não há quaisquer limites naturais. A indústria lá está. A capacidade lá está. Dois terços da população terão um padrão de vida enormemente acima de qualquer  um encontrado  - para tão amplas proporções de uma nação –em qualquer outra parte do mundo. Os meios de comunicação de massa prosperam com relatos sobre os crimes cometidos pelo terço restante da população. Governantes são eleitos  com as promessas de manter o perigoso terço atrás das grades. Porque isso deve vir a se interromper? Não há qualquer limite natural para as mentes racionais(...)”.





REFERÊNCIAS
  •  BAUMAN, ZYGMUNT. O mal- estar sa pós-modernidade. Rio De Janeiro: Jorge Zahar,1998

terça-feira, 10 de maio de 2011

Violência e Segurança Pública


A violência urbana é a expressão que designa o fenômeno social de comportamento deliberadamente transgressor e agressivo ocorrido em função do convívio urbano, e vem assolando as comunidades que vivem em centros urbanos. Abrange toda e qualquer ação que atinge as leis, as pessoas e principalmente, as políticas públicas, e vem amedrontado a sociedade e muitas vezes impedindo-a de realizar diversos tipos de tarefas.
Estudando a Constituição de 1988, é possível observar que nela é estabelecida a responsabilidade do Estado perante à preservação da integridade física e moral dos cidadãos. No entanto, é importante ressaltar que as pessoas  também deverão ser responsabilizadas pela preservação de diversos aspectos como: A segurança pública e a tranquilidade da sociedade, pois a violência não é apenas uma questão de Polícia, e não será resolvida com o aumento de policiais nas ruas ou com o aumento de vagas nas penitenciárias. 
Segurança pública e políticas sociais são predominantemente requisitos desejados pela população em geral, mas a falta de distribuição de renda e a implantação de políticas educacionais que possam atender as necessidades da sociedade, são questões que devem ser analisadas e aplicadas como forma de diminuição da violência. A pobreza não justifica atos violentos. Tanto o rico, quanto o pobre devem cumprir a lei e esta também deverá ser igual para todos.
De modo geral, pode-se afirmar que a violência é produto de uma sociedade desigual, onde existe a omissão dos próprios orgãos responsáveis pela solução desses conflitos, e a utilização frequente de medidas transgressoras, como o uso da força. "A banalização da morte contamina os indivíduos e o assassinato torna-se uma medida eficaz para a superação dos mais diversos conflitos." (FREIRE COSTA, 2005).


REFERÊNCIAS
  • FREIRE COSTA, Ivone. Polícia e Sociedade - Gestão de Segurança Pública, Violência e Controle Social. EDUFBA, Salvador - 2005.

Pré-Projeto

Tema
A Violência Urbana e o aumento da criminalização da pobreza na cidade de Salvador

Problemática
Quais são os limites de tolerância da violência urbana, e de que forma a atuação do poder público diminuiria a criminalização da pobreza na cidade de Salvador?

Objetivo Geral
Apresentar os motivos do crescimento demasiado da violência urbana na cidade de Salvador, procurando entender qual a participação do Estado nesta questão,ou seja, se está efetivamente presente nas suas ações ou se está ausente, e a falta de uma participação maior da população no que diz respeito a cobrança de políticas públicas para a redução da violência, já que este crescimento, encontra-se em maior nível nos grupos sociais que são mais carentes e muitas vezes vivem na marginalidade.

Objetivos Específicos
1. Entender o que significa Segurança Pública, e quais as suas responsabilidades perante as camadas populares de Salvador
2. Analisar as políticas sociais como medida de redução da violência na cidade de Salvador
3. Identificar a definição e as competências da Polícia como sistema legal de controle social, associando-o ao aumento da criminalização dos pobres.

Justificativa
A violência é produto de uma sociedade desigual, onde o Estado se omite das próprias responsabilidades sociais. A insegurança e o medo envolvem a todos indistintamente na sociedade. Para as camadas populares, a segurança pública não é apenas um problema de fácil resolução, pois estas encontram-se mais expostas a  fenômenos como: a violência
exercida por traficantes, pelo uso de drogas, pelo desemprego e pelo medo social, sentindo portanto, a necessidade de uma proteção maior. Torna-se evidente portanto, que a partir das concepções que estas camadas populares criam dentro de si sobre a violência, o envolvimento do poder público se fará por dois traços: um de defesa e o outro da rejeição, e isso terá um maior aprofundamento ao longo do blog, fazendo uma análise mais específica na cidade de Salvador.